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A HISTÓRIA 

 

CONTEXTO 

Bahia, entre os anos 1830 e 1850. Os Bantos, primeiros africanos a chegarem forçosamente no Brasil ainda no final do século XVI, eram destinados ao trabalho pesado dos campos de cana-de-açúcar, café e minerais. Foram também os primeiros a formarem quilombos (comunidades autônomas de escravos fugidos). Os Nagôs, trazidos ao Brasil somente no início do século XIX, foram principalmente destinados aos trabalhos domésticos da casa grande. 

Nzailu cena 1.png

PARTE 1

 

Estrada em frente ao engenho, onde, na casa grande trabalhavam os escravos domésticos Nagôs. 

Coro de abertura, que trata da viagem sem volta. É noitinha, passa Nzailu, para ir buscar frutas no bosque. Sai Dara, para descansar sob a sombra de uma grande árvore, enquanto prepara um turbante para as festas. Seu pai lhe ensina com orgulho todos os saberes do culto dos deuses africanos.

Cena 3 Nzailu Exu.png

Aparece, sem ser visto pelos personagens do mundo humano, Exú. 

No caminho de casa, Nzailu se depara com a moça sentada embaixo da árvore e, com medo que pudesse ser uma espiã da casa grande, fica parado, não querendo arriscar encontros perigosos. 

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A ação se suspende e Exú decide tomar as rédeas da situação: invoca Oxúm, a deusa da beleza e da água doce, que aparece e, com um canto/encanto, causa uma chuva torrencial.

Nzailu, então é obrigado a se proteger da chuva embaixo da árvore e inicia com Dara um diálogo que se transforma em um dueto de amor. 

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No meio da noite Nzailu conta a Dara o seu sonho recorrente com um ser que aparenta querer dizer-lhe algo. Adormecem. Surge Nenga, que diz ser um ancestral de Nzailu e descreve a terra de Angola. 

Nenga desaparece e os dois jovens são acordados pelo coro dos Nagôs da casa grande que voltam ao trabalho. Dara quer voltar, Nzailu se opõe e ela diz “vou preparar a hora de voltar”. 

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