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Joplin seguiu a  forma da ópera  tradicional: não faltam árias, coros e cenas de danças, porém devido às suas raízes afrodescendentes, toda a sua inspiração  nasce unicamente do patrimônio do Novo Mundo, com melodias e ritmos da tradição  afro-americana e do amado ragtime. 

O final da ópera de Joplin é também didático e moral: mostrar a  educação como uma via de salvação, que libera da ignorância e da submissão. 

Além dos coros de viva força expressiva, marcante é também a lírica história quando Monisha explica como encontrou Treemonisha bebê nos pés de uma árvore sagrada. Além do cativante final cantado por Treemonisha, Lucy e o coro - “Um Verdadeiro Slow Drag”.

E como a definiu Frank Corsaro, diretor de Treemonisha na Grande Ópera de Houston em 1975, “...uma espécie de Flauta Mágica com estilo americano”.

A montagem do Núcleo de Ópera da Bahia busca remeter a ideia de Joplin, baseada  no original para vozes, coro e piano. A orquestração de Aldo Brizzi tem como base aquela encomendada  por Joplin a um orquestrador da época, para 9 instrumentos, hoje perdida. Buscando manter o tipo de sonoridade desse original que não mais existe.

 

Então, a ideia é, antes de tudo,  manter a intenção do compositor, saindo da orquestração feita nos anos 70, de gosto mais tradicional, com um certo toque dos musicias da Broadway, que nem sempre batem com a força original de Joplin.

A versão apresentada pelo NOP é a estreia mundial da versão em português com orquestração de Aldo Brizzi na qual ele exalta o valor adjunto da cultura e da arte brasileira e afro brasileira miscigenada à cultura da música erudita e afro norte americana, criando assim, uma nova imagem da cultura sincrética e multiplural da Bahia, da sua força e da sua criatividade.

Por que treemonisha

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